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http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1791
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | “Sou uma agulha que ferve no meio do palheiro” : rasgando territórios estéticos em "Metade cara, metade máscara", de Eliane Potiguara |
Título(s) alternativo(s): | “I am a needle boiling in the middle of a haystack” : tearing apart aesthetic territories in "Half face, half mask", by Eliane Potiguara |
Autor: | Siqueira, Moisés Souza ![]() |
Primeiro orientador: | Anjos, José Humberto Rodrigues dos |
Primeiro membro da banca: | Anjos, José Humberto Rodrigues dos |
Segundo membro da banca: | Pinheiro Neto, José Elias |
Terceiro membro da banca: | Rezende, Tânia Ferreira |
Resumo: | Este trabalho explora a relevância da Literatura Indígena Brasileira Contemporânea, com foco na obra "Metade Cara, Metade Máscara" (2018) de Eliane Potiguara. A pesquisa discute como a autora desafia e expande os limites do território da literatura brasileira contemporânea, apresentando as múltiplas faces da escrita indígena em sua transversalidade e características fronteiriças. A escolha deste livro, entre tantos outros de autoria de mulheres indígenas, justifica-se por seu caráter inespecífico, tão aproximado dos debates sobre a estética contemporânea, sendo o arremate da confluência de variados gêneros textuais. Além disso, trata-se de uma das primeiras obras publicadas por indígenas no Brasil e a primeira escrita por uma mulher indígena. O estudo fundamenta-se nas categorias de inespecificidade (Garramuño, 2014), pós-autonomia (Ludmer, 2013), experiência (Scott, 1999; Anzaldúa, 2021) e diáspora indígena (Graúna, 2013). A análise enfoca a estética de Potiguara, cuja obra transcende os limites estéticos da literatura, criando um discurso heterogêneo que questiona o universalismo e valoriza o hibridismo e a subjetividade de uma experiência indígena contemporânea, num rompimento com o discurso do indígena como figura do passado, mostrando-o como agente do presente. A pesquisa está estruturada em dois capítulos. O primeiro apresenta a Literatura Indígena Brasileira Contemporânea, discutindo como ela amplia o território literário ao inserir narrativas contra-hegemônicas e que refletem as diversidades culturais e sociais do Brasil. O segundo centra-se em Metade Cara, Metade Máscara, analisando como a obra e sua autora, Eliane Potiguara, contestam o cânone literário e oferecem um olhar coletivo, representando uma pluralidade de vozes indígenas. O trabalho mostra como Potiguara ressignifica a literatura indígena, ao combinar o presente e o ancestral para vislumbrar futuros possíveis, num exercício de imaginação descolonizadora que nos instiga a repensar as fronteiras do (im)possível e a reescrever futuros que transcendem as limitações hegemônicas |
Abstract: | This research explores the relevance of Contemporary Brazilian Indigenous Literature, focusing on the book "Metade Cara, Metade Máscara" (2018) by Eliane Potiguara. The dissertation discusses how the author challenges and expands the limits of contemporary Brazilian literature, presenting the multiple faces of indigenous writing in its transversality and borders. The choice of this book, among many others written by indigenous women, is justified by its nonspecific feature, attuned to the debates on contemporary aesthetics, as a confluence of various text genres. In addition, it is one of the first works published by indigenous people in Brazil and the first written by an indigenous woman. The study is based on the categories of nonspecificity (Garramuño, 2014), post-autonomy (Ludmer, 2013), experience (Scott, 1999; Anzaldúa, 2021) and indigenous diaspora (Graúna, 2013). The analysis focuses on the aesthetics of Potiguara, whose work transcends the aesthetic limits of literature, creating a heterogeneous discourse that questions universalism and values the hybridity and subjectivity of a contemporary indigenous experience, disrupting the discourse of the indigenous as a myth of the past, showing them as agents of the present. The text is structured in two chapters. The first presents Contemporary Brazilian Indigenous Literature, discussing how it expands the literary territory by inserting counter-hegemonic narratives that reflect the cultural and social diversity of Brazil. The second focuses on “Metade Cara, Metade Máscara”, analyzing how the book and its author, Eliane Potiguara, challenge the literary canon and offer a collective perspective of plural indigenous voices. We aim to show how Potiguara resignifies indigenous literature, by combining the present and the ancestral to envision possible futures, in an exercise of decolonizing imagination that encourages us to rethink the boundaries of the (im)possible and to rewrite futures that transcend hegemonic limitations. |
Palavras-chave: | Literatura indígena Eliane Potiguara Experiência Estética contemporânea Território Indigenous literature Experience Contemporary aesthetics Territory |
Área(s) do CNPq: | LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA LETRAS::LITERATURA COMPARADA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Estadual de Goiás |
Sigla da instituição: | UEG |
Departamento: | UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade |
Programa: | Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Citação: | SIQUEIRA, Moisés. “Sou uma agulha que ferve no meio do palheiro”: rasgando territórios estéticos em "Metade cara, metade máscara", de Eliane Potiguara. 2025. 99 f. Dissertação (Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade) – Câmpus Cora Coralina, Universidade Estadual de Goiás, Goiás, GO, 2025. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1791 |
Data de defesa: | 12-Ago-2025 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Acadêmico em Língua, Literatura e Interculturalidade |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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DISSERTACAO_MOISES_SOUZA_SIQUEIRA.pdf | Dissertação | 2,19 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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